Hoje, como tô sem criatividade (na verdade paciência) pra escrever, resolvi começar uma nova tag aqui no blog. Filmes do Tio Mário.
A idéia é: na falta de criação minha, copio mesmo. E resolvi compartilhar uma série de e-mails enviados pelo Mário (tem link pro blog dele ali no canto inferior direito, chamado franciscon - MKO) pra uma lista de amigos cinéfilos virtuais (alguns reais) que surgiu ai no yahoogroups depois de uma série de coincidências. Lista essa que gerou amigos mesmo, no real sentido da palavra, embora eu não tenha conhecido a galera pessoalmente, e que me fez conhecer muito mais do que conhecia antes de cinema. O Tio Mário é um dos fundadores da dita lista, e uma das opiniões que mais respeito hoje em dia no assunto. Se não a que mais respeito.
Sem mais delongas, abaixo a cópia do primeiro e-mail da série Filmes do Tio Mário.
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Peço licença para iniciar uma pequena "coluna" semanal sobre alguns filmes que vi (e que poucos de vocês, mais jovens que meus 41, devem ter visto). Vou pautar mais sobre filmes independentes, ou sobre clássicos pouco conhecidos, ou sobre o cinema europeu mais obscuro. Em geral foram assistidos em VHS, televisão, mostras, cineclubes e até em circuito comercial.
O objetivo é divulgar obras pouco conhecidas que acabei assistindo, e não esquecendo (com a ajuda da Internet, fica mais fácil refrescar a memória). Com a facilidade hoje dos torrents, bitorrents, etc. (não entendo nada disso, sou do tempo do projetor de 16 mm, com a película do filme queimando no meio da projeção...), quem sabe os mais ousados se aventurem a procurar na net, ou a garimpar em videolocadoras e nos canais por assinatura, se houver interesse, claro.
Basket Case
O primeiro filme que escolhi é um pequeno clássico da bizarrice universal, Basket Case (Frank Henenlotter, EUA, 1982). Poderia ser até classificado como um "terrir", mas o filme é tão, tão absurdo, que as risadas, no meu caso, saíram bem amarelas.
O clima "gore" é criado a partir do seguinte enredo: um cara chega a um hotel em Nova York povoado por todo o tipo de gente da pior espécie. Ele não se desgruda de uma enorme cesta (que dá o título ao filme) e a leva por toda a parte, enchendo-a de fast food o tempo todo.
Todos ficam intrigados até que vem a explicação: o cara carrega na cesta seu irmão siamês (um troço meio mutante, anãozinho), separado dele por cirurgia, o qual é violento e quer se vingar de qualquer jeito dos médicos que os separaram. Os irmãos acabam se apaixonando pela mesma garota, o que gera situações hilárias.
O filme teve duas seqüências igualmente toscas. Entretanto é extremamente criativo, de orçamento baixíssimo e dispensa efeitos especiais. Talvez tenha sido "eclipsado" pelo lançamento, no mesmo ano, de "Evil Dead" (rsrsrsrsrsrsrs).
Visto na 9a Mostra de Cinema de SP - 1985.