Avatar
Repensei minhas prioridades e, apesar do preconceito, acabei acatando a sugestão do Rolo e coloquei Avatar na lista dos "a ver". Pensando bem, se for pra ver um filme desse tipo, que seja no cinema e em 3D. Senão nem ia acabar vendo.
O filme? Roteiro fraquinho, mastigado, sem maiores surpresas. Interessante a crítica ao imperialismo e tals, mas achei bem pouco sutil... Achei um pouco forçada a parte natureba. E achei longo, muito longo... Eu cortaria muito do primeiro ato, e aumentaria um pouco o uso dos efeitos na batalha final, parece que foi feita meio às pressas. Ironicamente, bem num filme 3D os personagens são bem unidimensionais, previsíveis, rasos. A Sigourney ainda tem uma certa profundidade, dualidade, sei lá... o protagonista é mto ruim hehhe
Normal, esperava isso dum filme blockbuster.
MAAAAS, a imersão causada pelo 3D especialmente cuidadoso e discreto (nada de facas e mandibulas voando para cima da galera) valeu o ingresso (que foi bem caro, aliás). Tem algumas cenas nas quais você se sente parte do filme, como uma ao final em que vários soldados estão sentados ouvindo o general (ou capitão, sei lá): você sentado no cinema se sente um deles. O universo criado ficou bem bacana, bem alienígena mesmo.
Mais um detalhe: mesmo sendo fã de ficção/terror, não me lembro de muitos filmes que mostrem o ser humano como sendo o alienígena invasor... acho que só lembro de um, o Fantasmas de Marte (2001), do John Carpenter, com seu alien "Marilyn Manson".
O filme? Roteiro fraquinho, mastigado, sem maiores surpresas. Interessante a crítica ao imperialismo e tals, mas achei bem pouco sutil... Achei um pouco forçada a parte natureba. E achei longo, muito longo... Eu cortaria muito do primeiro ato, e aumentaria um pouco o uso dos efeitos na batalha final, parece que foi feita meio às pressas. Ironicamente, bem num filme 3D os personagens são bem unidimensionais, previsíveis, rasos. A Sigourney ainda tem uma certa profundidade, dualidade, sei lá... o protagonista é mto ruim hehhe
Normal, esperava isso dum filme blockbuster.
MAAAAS, a imersão causada pelo 3D especialmente cuidadoso e discreto (nada de facas e mandibulas voando para cima da galera) valeu o ingresso (que foi bem caro, aliás). Tem algumas cenas nas quais você se sente parte do filme, como uma ao final em que vários soldados estão sentados ouvindo o general (ou capitão, sei lá): você sentado no cinema se sente um deles. O universo criado ficou bem bacana, bem alienígena mesmo.
Mais um detalhe: mesmo sendo fã de ficção/terror, não me lembro de muitos filmes que mostrem o ser humano como sendo o alienígena invasor... acho que só lembro de um, o Fantasmas de Marte (2001), do John Carpenter, com seu alien "Marilyn Manson".
Cinema 3D versus torrents
Tava pensando (tinha que ter uma viagem no post, claro)... Será que finalmente recussitaram o 3D pra trazer as pessoas de volta ao cinema na era dos torrents? Se foi, parece que funcionou, a fila de ontem que o diga, dando voltas (e a fila pra sessão das 11, logo depois, não tava diferente). Tô curioso pra ver como o Tim Burtom vai usar esse recurso no seu Alice no País das Maravilhas.. . já gosto do visual dos filmes dele em 2D :).
Será que vão começar a investir em outros valores agregados pra levar as pessoas às salas do cinema? Seria legal...
Será que vão começar a investir em outros valores agregados pra levar as pessoas às salas do cinema? Seria legal...
Um pouco de história
Estava pensando que isso de 3D e tals não é novo, mas não pegou antes. Assisti, por exemplo, o "Freddy's Dead / The Final Nightmare", supostamente o último filme do Freddy Krueger, em 91, em 3D num cinema em Ribeirão Preto. Eu e mais 3 amigos na sala apenas, foi divertido :) Mais além, o video-game master system já tinha óculos 3D
Posso ir mais longe no tempo, me vem à mente o Willian Castle, papa das produções B (que adoro!) nas décadas de 50/60.
Castle notabilizou-se por inventar uma série de truques para atrair espectadores: criou um seguro de vida para promover Macabro (Macabre, 1958); em Força Diabólica (The Tingler, 1959), colocou campainhas debaixo das poltronas, acionadas nos momentos de maior tensão; para A Casa dos Maus Espíritos (House on Haunted Hill, 1959) inventou um processo chamado "Emergo", que fazia com que esqueletos de verdade circulassem pela sala de exibição; distribuiu óculos que permitiam aos espectadores ver os fantasmas de 13 Fantasmas (13 Ghosts, 1960); em Trama Diabólica (Homicidal, 1961) colocou um intervalo de quarenta e cinco segundos, para que os mais nervosos pudessem ir embora caso quisessem.
Mestre na arte da promoção, Castle dirigiu dezenas de filmes, desde terror e suspense a westerns e séries policiais, mas, ironicamente, seu momento mais importante foi como o produtor de O Bebê de Rosemary (Rosemary's Baby, 1968), dirigido por Roman Polansky.
Enfim, apesar das suas tentativas, não deu certo. Talvez o público não estivesse preparado. Talvez fosse caro fazer essas brincadeiras, sendo que as pessoas iriam no cinema anyway
Tem um filme bacana, Matinee (1993), que faz uma homenagem explícita. através de um dos personagens - Woolsey (John Goodman), ao Willian Castle,
Tenho expectativas de que ações parecidas venham a ser aproveitadas pelas produtoras num futuro próximo... ou não...
Posso ir mais longe no tempo, me vem à mente o Willian Castle, papa das produções B (que adoro!) nas décadas de 50/60.
Castle notabilizou-se por inventar uma série de truques para atrair espectadores: criou um seguro de vida para promover Macabro (Macabre, 1958); em Força Diabólica (The Tingler, 1959), colocou campainhas debaixo das poltronas, acionadas nos momentos de maior tensão; para A Casa dos Maus Espíritos (House on Haunted Hill, 1959) inventou um processo chamado "Emergo", que fazia com que esqueletos de verdade circulassem pela sala de exibição; distribuiu óculos que permitiam aos espectadores ver os fantasmas de 13 Fantasmas (13 Ghosts, 1960); em Trama Diabólica (Homicidal, 1961) colocou um intervalo de quarenta e cinco segundos, para que os mais nervosos pudessem ir embora caso quisessem.
Mestre na arte da promoção, Castle dirigiu dezenas de filmes, desde terror e suspense a westerns e séries policiais, mas, ironicamente, seu momento mais importante foi como o produtor de O Bebê de Rosemary (Rosemary's Baby, 1968), dirigido por Roman Polansky.
Enfim, apesar das suas tentativas, não deu certo. Talvez o público não estivesse preparado. Talvez fosse caro fazer essas brincadeiras, sendo que as pessoas iriam no cinema anyway
Tem um filme bacana, Matinee (1993), que faz uma homenagem explícita. através de um dos personagens - Woolsey (John Goodman), ao Willian Castle,
Tenho expectativas de que ações parecidas venham a ser aproveitadas pelas produtoras num futuro próximo... ou não...
o videogame MasterSystem tinha um óculos 3D que funcionava igual esse do Cinema. Era um pouco diferente. No cinema, as lentes são polarizadas e só deixam passar o quadro certo do olho direito ou esquerdo. No mastersystem o óculos tampava a lente em sincronia com o que era exibido na tela.
ResponderExcluirNunca cheguei a brincar, mas acho que no cinema deve ser mais legal, afinal, a imersão pela tela grande deve ser muito melhor do que usar esse sistema na TV normal.
Minha dúvida é apenas o seguinte: Como ficam as legendas num filme 3D?
As legendas ficam em 3D também, bem legal inclusive. Tinham cenas nas quais a legenda ficava entre 2 personagens, bem louco.
ResponderExcluirCopiando, pra variar... Comentário do Mário Franciscon (tem link pro blog dele ai do lado, na lista de blogs) sobre a aparente explosão de filmes 3D num futuro próximo:
ResponderExcluir"É de uma imbecilidade ímpar. O problema não é o avanço tecnológico no cinema, pois esse é inexorável, mas sim o fato de se agarrarem a uma fórmula como se dela pudessem vir todas as soluções. Não se problematiza a tecnologia 3D para além das dores de cabeça que ela possa causar ao telespectador. A meu ver, Avatar deve ser o paradigma do novo 3D e deverá render frutos no futuro, mas no momento atual trará mais porcarias e picaretagens do que podemos supor.
Enquanto isso, a imaginação e a ousadia na mise-en-scene vão dando lugar a esses filmes que só fazem sentido se vistos com óculos. "
uahuahauh:
ResponderExcluir"O cineasta Tinto Brass está empolgado com a nova tecnologia 3D, mas não para fazer filmes repletos de efeitos visuais. Brass quer mesmo é uma versão do erótico Calígula, de 1979, no formato.
Em entrevista ao site Hollywood Reporter, Brass disse que esse é o momento perfeito para apostar em filmes eróticos 3D. Para quem não se lembra, Calígula tinha cenas de sexo explícito que foram editadas na versão final sem o consentimento de Brass, que o dirigiu.
O diretor não quer adaptar o longa ao formato, mas fazer um remake, cujas filmagens devem começar entre maio e junho. "