Um tempo atrás escrevi um post chamado Je pense, donc je suis , no qual explicava (mais ou menos) o nome do blog.
Chegando no trabalho, depois, o Dandan me perguntou o motivo da foto do topo do blog. Ele fez essa pergunta provavelmente achando que viria alguma explicação pseudo-filosófica, pedante (e prolixa) como meus textos. A resposta foi mais simples: "Sei lá, olhei minhas fotos por cima e escolhi essa".
Se mais alguém estiver curioso, a foto é de uma janela da Hagia Sofia (a mesma igreja da foto aqui desse texto), que tirei numa visita a Istambul, tirada de dentro pra fora.
Enfim, conversando com ele na hora, resolvi me impor o desafio de procurar a tal resposta pseudo-filosófica e prolixa, resposta falsa claro, mas só pra ver se eu conseguiria me sair bem. Pensei um pouco e cheguei no Mito da Caverna, de Platão. Claro que o que falei pra ele na hora (assumindo que seria uma desculpa falsa) não foi tão elaborado, mas agora com tempo de pesquisar saiu esse texto abaixo:
Chegando no trabalho, depois, o Dandan me perguntou o motivo da foto do topo do blog. Ele fez essa pergunta provavelmente achando que viria alguma explicação pseudo-filosófica, pedante (e prolixa) como meus textos. A resposta foi mais simples: "Sei lá, olhei minhas fotos por cima e escolhi essa".
Se mais alguém estiver curioso, a foto é de uma janela da Hagia Sofia (a mesma igreja da foto aqui desse texto), que tirei numa visita a Istambul, tirada de dentro pra fora.
Enfim, conversando com ele na hora, resolvi me impor o desafio de procurar a tal resposta pseudo-filosófica e prolixa, resposta falsa claro, mas só pra ver se eu conseguiria me sair bem. Pensei um pouco e cheguei no Mito da Caverna, de Platão. Claro que o que falei pra ele na hora (assumindo que seria uma desculpa falsa) não foi tão elaborado, mas agora com tempo de pesquisar saiu esse texto abaixo:
O Mito da Caverna
O mito da caverna trata-se de uma parábola sobre como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona, através da luz.
É mais ou menos assim: Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe da luz exterior. No interior da caverna permanecem alguns seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Esses humanos ficam de costas para a entrada, olhando somente para a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Os homens da caverna julgam que essas sombras sejam a realidade (já qie isso é tudo ao qual eles tem acesso, olhando sem questionar).
Um deles decide abandonar essa situação e foge dali. Aos poucos vai se movendo e avança na direção do muro e o escala, com dificuldade enfrenta os obstáculos que encontra e sai da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como ele e, mais além, descobrindo todo um mundo.
Olhando pra obra de Platão, dá pra dar um chute sobre a essência dessa história. Sob a influência de Sócrates (se é que ele existiu mesmo), Platão buscava a "verdade essencial das coisas". A idéia da parábola, então, parece ser mostrar o processo do conhecimento. Mostrar a visão de mundo de uma pessoa que vive de senso comum, em contraponto com a do filósofo, na sua eterna busca pela verdade.
Só pra constar, essa interpretação é... como poderia dizer... uma interpretação. O texto original se encontra na obra A República e é um diálogo entre Sócrates e alguns interlocutores.
Essa idéia é muito aproveitada por ai, como Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley), Matrix (Andy Wachowski e Lana Wachowski), A Caverna (Saramago), Dark city (ótimo filme de Alex Proyas), por ai vai...
Daria pra usar isso tudo pra explicar a foto, caso e escolha tivesse sido consciente, e parecendo convincente? Acho que é forçar um pouco, né?
Interpretações?
ResponderExcluirMinha interpretação visual entendeu isso:
http://livrevista.com/upload/imagem/39/aparecida%20do%20norte.jpg
Só depois vi que era foto de istambul...