Não me arrependi das escolhas, embora tenha preferido Moon, gostei bastante dois dois.
Quando eu for vendo filmes bons que não são anunciados na grande mídia, vou ver se começo a deixar as dicas aqui...
Ficam aqui as duas dicas...
Sleep Dealer
Ficção meio Low Budget de um (acho que) mexicano chamado Alex Rivera. Ganhou dois prêmios em Sundance, como bom low-budget que é. Mistura um pouco alguns conceitos de Matrix e acredito que até de Blade Runner, com blogs e redes sociais, mas a idéia central me pareceu fazer uma crítica social através de uma sociedade futura fictícia. Em dado momento um personagem diz que os Sleep Dealers seriam o sonho americano: ter mão de obra barata dos latinos fazendo o trabalho pesado, mas sem precisar da parte ruim que seria ver essas pessoas. Interessante um filme de ficção científica futurística começar mostrando uma região seca e pobre do México, sem nada muito high tech. Sempre acho uma experiência legal ver bons filmes que não sejam estadunidenses. Não tenho nada contra os filmes americanos, que fique claro (são os que mais assisto), mas como justamente é o que mais vejo, é legal sair da rotina vendo algo além, feito em outra cultura, falando outras linguas, essas coisas...
Moon
Estréia (de novo, “acho que”, preguiça de fazer buscas na net hoje) do filho do David Bowie no cinema. Também faturou uma estatueta, mas no Festival de Cinema de Edimburgo. Filme de suspense, meio tenso, que mostra um pouco da vida de um funcionário que tem q ficar 3 anos sozinho na lua, apenas acompanhado de serventes computadorizados com os quais se forma uma relação de amizade. Achei muito massa as expressões do robô Gerty serem criadas apenas com “emoticons”, mesmo assim dá pra pegar legal o que ele sente (sente?). Provavelmente a atuação dele é melhor do que a do Seagal hehhe. Aliás, falando em atuação, Sam Rockwell segura legal o filme atuando sozinho (ou não) o tempo todo, tendo apenas a voz do Kevin Spacey como companhia. Mas voltando ao enredo... depois de um tempo, esse personagem acha que não está sozinho. Deve ser imaginação, ou não heheh. A trilha sonora do Clint Mansel (sempre gosto das trilhas dele) é eficiente. Aliás, praticamente não há músicas no filme (digo, uso de músicas de verdade, além da trilha composta para as cenas). Em sendo do filho do Bowie, eu tava com esperanças de ouvir um “Life On Mars”, "Ziggy", ou um “Major Tom”. Pensando bem, talvez isso fosse muito óbvio. Muita referencia a 2001, muita mesmo, e um pouco a Solaris e um pouquinho ao Alien. (<SPOILER ALERT>, não continuem se forem sensíveis a alguém estragar as surpresas). Indiretamente, o filme faz reflexões sobre clonagem humana, direitos de organizações sobre clones criados para determinado fim. Interessante que os clones têm personalidades diferentes (tanto em quanto são "nervozinhos" quanto no lance de desejarem ir pra cidades bem diferentes caso voltem pra terra). Gostei também da brincadeira com o HAL do 2001: enquanto no 2001 você vê uma inteligência artificial se deturpando até se tornar o vilão, aqui você vê uma visão menos pessimista com o Gerty se humanizando e ajudando o protagonista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário