27 janeiro, 2010

Era dos extremos, ou Amsterdam



Mais um da série Diário de Bordo, esse deve ser pequeno (ou não), porque foi de uma viagem na qual passamos por vários países, poucos dias por país. Vão vir outros posts com o tempo, dos demais países...


Em algum momento lá, acho que num albergue, alguém me disse que o Tribunal Internacional de Justiça se encontra em Haia, na Holanda, por um motivo: 

"se alguma coisa de outro lugar do mundo fosse julgada por um holandês e fosse considerada como algo ruim devido à valores preconcebidos, então essa coisa provavelmente estaria muito errada mesmo."


Essa afirmação tem cara de lenda urbana, de teoria da conspiração, mas pela minha experiência poderia bem ter ser verdade.

Que cidadezinha cosmopolita: bares de todos os lugares, sons de todos os lugares (ouvi muita música brasileira, por exemplo), pessoas de todas as etnias, comportamentos dos mais diversos.

Você anda pela rua e vê casas de prostituição aos montes, com vitrines nas calçadas nas quais as garotas se promovem, perto de sex shops vendendo coisas que nem tenho coragem de escrever aqui ("coisas" essas também expostas nas vitrines), perto de igrejas das quais saem famílias felizes e contentes de mãos dadas com suas crianças. Isso tudo em um lugar lindo, às margens do rio Amsta, com gôndolas passeando. Ahh.. nas ruas com as vitrines, as pessoas passeiam, inclusive casais e mulheres desacompanhadas... alguns só passeando, outros olhando como num shopping (de novo, inclusive casais e mulheres desacompanhadas).





Você vê um "Museu da tortura", com equipamentos de tortura os quais nem tenho coragem de descrever aqui, em frente a uma exposição de flores lindas (especialmente tulipas), e próximo a uma grande fábrica de cerveja que também é um local de visitação.


Você vê bares naturebas, só vendendo suco, e bares pra fumantes, e bares pra não fumantes, e bares com maconha liberada (e no cardápio: forte, fraca ou média? já enrolada ou não?).



Você vê bicicletas, muitas bicicletas, coexistindo com carros. Bicicletas de executivos, bicicletas com lugar pra bebês, bicicletas de esportistas... todos os tipos.



Saímos pra passear num parque num dia normal, de semana e fora de temporada. Várias pessoas caminhando, lendo, bebendo, fumando (produtos legalizados aqui no Brasil ou não). O clima parece um feriado eterno.


No albergue: quartos mistos (homens e mulheres), banheiros mistos (inclusive pro banho). 

Na praça, mictórios públicos nos quais você se alivia vendo o movimento, já que o muro é da altura do peito pra dar pra ver a praça.


Na minha busca por coisas locais, tentei perguntar qual seria a comida típica de Amsterdam e não consegui saber. São tantas coisas de tantos lugares diferentes que os "locais" não entendiam dirteito minha pergunta. Achamos feijoada, por exemplo.


E é um lugar de putaria, desreipestoso? Não... claro que gente bacana e gente mala tem em todo lugar do mundo, mas no geral é um lugar tranquilo. O sexo e as drogas não tem a conotação que têm aqui, é normal. É algo natural do ser humano, então não é visto como sendo marginal. Faz parte, tá integrado. Pra turistas pode ser meio auto-destrutivo, excesso de liderdade tem que vir acompanhado com aumento de responsabilidade, como diria o bom e velho titio do homem aranha.

Um bom lugar... gostaria de voltar algum dia. Quem sabe alugar uma bike e passear pela holanda... ver algum moinho e umas tulipas. 


De novo, só pra reforçar: passei poucos dias lá. É claro que defeitos se vê com o tempo, e é claro que o clima (tempo ensolarado e não muito quente) e a baixa temporada me ajudaram. São impressões extremamente pessoais...




Um comentário:

  1. "coisas que nem tenho coragem de escrever aqui"
    "os quais nem tenho coragem de descrever aqui"

    Poxa... O melhor da história vc não contou?!?!?!?

    Já que "uma imagem vale mais do que 1000 palavras" então, como vc não quer descrever, veja itens similares no images.google.com e manda pra nóis!!!

    AHAHAHAHAHHAHHAHAHAHAHHA

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